Particularmente, sempre gostei de ler. Mas o 'poder' que o novo livro de Stephen King exerceu sobre a minha atenção não foi pouco. Diria mais... foi inédito, ao ponto de eu apenas conseguir parar de ler quando estava, literalmente, caindo de sono.
Mas com todo o crédito, afinal a obra é (na minha opinião e em seu conjunto total) simplesmente maravilhosa!
Resumo
Era um dia como outro qualquer, quando de repente a cidade de Chester's Mill é isolada do resto do mundo por um campo de força invisível. Aviões explodem quando tentam atravessá-lo e pessoas trabalhando em cidades vizinhas são separadas de suas famílias. Ninguém consegue entender o que é esta barreira, de onde ela veio e quando - ou se - ela irá desaparecer.
Logo os moradores de Chester's Mill percebem que terão de lutar por sua sobrevivência. Pessoas morrem, aparelhos eletrônicos entram em pane ao se aproximar da redoma e a situação fica ainda mais grave quando a cidade se vê exposta às graves consequências ecológicas da barreira.
Dale Barbara, veterano de guerra do Iraque, se une a um grupo de moradores da cidade para manter a situação sob controle. A força de oposição é representada por Big Jim Rennie, um político que está disposto a tudo - até matar - para continuar no poder, e seu filho, que guarda a sete chaves um horrível segredo.
Mas os habitantes da cidade ainda tem outras preocupações. O isolamento expõe os medos e as ambições de cada um, até os sentimentos mais reprimidos. Assim, enquanto correm contra o pouco tempo que têm para descobrir a origem da redoma e uma forma de desfazê-la, ainda terão de combater a crueldade humana em sua forma mais primitiva.
Antes de terminar de ler o livro, vi algumas críticas na internet de leitores que não gostaram do final do livro; achavam que poderia ter sido melhor.
Talvez pelo fato de King ser o grande mestre do terror psicológico, esperassem um final mais impactante para a redoma que surgiu sobre a cidade de Chester's Mill ou algo megalomaníaco, não sei.
Impressão minha.
Quando eu comprei o livro, confesso que, no início, esperava por algo mais. Mas no decorrer da leitura, para mim a redoma em si se tornou um pretexto, um pano de fundo para falar de algo maior que ela mesma.
E foi justamente isso que me conquistou!
O livro não fala sobre algo fictício, mas usa de um artifício deste gênero para falar sobre o que realmente se propõe: o humano, o terror que o homem sente e causa quando se encontra em situações extremas, como o isolamento; e as consequências (também extremas) de suas atitudes.
Em contraponto, fala de sensibilidade, da preocupação com o próximo, de ajudar, do que há de verdadeiramente humano em cada um de nós.
Terminei de ler o livro hoje e confesso que ler a história paralelamente ao momento das manifestações políticas que estão ocorrendo no País me deixou com um pouco de medo do ser humano (e até que ponto ele é capaz de se comportar de forma realmente humana - e racional).
Digo isso de forma a criticar o vandalismo praticado pela minoria, algo totalmente desnecessário e motivo de vergonha.
Não vou entrar em muitos detalhes do livro, senão perde o encanto.
Mas vou deixar um último conselho aos futuros leitores dessa obra fantástica e, sem dúvida, uma das minhas preferidas.
Não façam como eu: não se apeguem muito aos personagens. Os personagens cativantes são vários, mas o mestre King não tem pena de matar nenhum deles.
BOA LEITURA!!!
PS: sem esquecer que hoje (24 de junho) estréia a série Sob a Redoma, no canal CBS.
Clique aqui e confira o trailer.
